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A plataforma iTunes, ou melhor, iTunes Music Store, foi inicialmente destinada exclusivamente a proprietários de Mac. Uma grande virada ocorreu apenas alguns meses depois, no outono de 2003, quando a Apple disponibilizou esse serviço para proprietários de computadores com sistema operacional Windows. A resposta positiva não demorou a chegar e a Apple conseguiu subitamente estabelecer um novo recorde de vendas de música digital, na forma de 1,5 milhões de downloads numa única semana.

Disponibilizar o iTunes para usuários do Windows abriu um mercado novo e lucrativo para a Apple. As vendas recordes são cinco vezes os 300 downloads alcançados Napster  em sua primeira semana, e quase o dobro dos 600 downloads por semana que a Apple relatou antes mesmo do lançamento do iTunes no Windows.

A iTunes Music Store apareceu no Windows seis meses após seu lançamento no Mac. Um dos motivos do atraso? O então CEO da Apple, Steve Jobs, estava relutante em encerrar a exclusividade do iTunes. Na época, Jobs disse a seus representantes na época – Phil Schiller, Jon Rubinstein, Jeff Robbin e Tony Fadell – que tanto o iTunes quanto o iPod estavam ajudando a impulsionar as vendas do Mac. Outros executivos rebateram esse argumento apontando que o declínio nas vendas do Mac nunca poderia compensar o lucro do aumento nas vendas do iPod. No final, eles convenceram Jobs – e se saíram bem. Nesse contexto, porém, Jobs não se perdoou por comentar que disponibilizar um serviço como o iTunes para usuários do Windows era como "entregue um copo de água gelada para alguém no inferno". Em 2003, o serviço de música da Apple crescia a um ritmo surpreendente. Em agosto de 2004 chegou ao catálogo Loja de música iTunes 1 milhão de faixas nos Estados Unidos, a primeira vez em um serviço de música online, e atingiu mais de 100 milhões de downloads.

Deve-se notar que muitas pessoas inicialmente não confiaram no iTunes. Os suportes físicos de música ainda eram os mais populares, enquanto alguns utilizadores preferiam descarregar música digital ilegalmente através de vários serviços P2P e outros. Apenas alguns anos depois, a iTunes Music Store acabou se tornando o segundo maior varejista de música dos Estados Unidos, com o gigante varejista Wal-Mart ocupando a posição de ouro na época.

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