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Há 11 anos, certamente houve quem amaldiçoasse seu iPhone. No entanto, os editores da revista Time em 2007 tiveram uma opinião diferente. Tão diferente que na época ela declarou o novíssimo iPhone a melhor invenção do ano.

O primeiro iPhone de uma linha de 2007 que incluía uma câmera digital Nikon Coolpix S51c, um telefone Wi-Fi Netgear SPH200W e um player Samsung P2 se destacou consideravelmente. Do ponto de vista atual, os rankings da revista Time da época fornecem uma visão interessante sobre os tempos em que os smartphones estavam longe de ser onipresentes e o mundo tinha que se acostumar com o novo iPhone.

Assim como o Macintosh de primeira geração, o primeiro iPhone sofria de certas doenças infantis. As pessoas que o compraram logo descobriram que seu núcleo — e não recursos e funções reais — era o que os smartphones da Apple ainda estavam por se tornar, e a promessa de que os clientes poderiam fazer parte dessa grande jornada. Apesar de todos os erros e deficiências iniciais, a Apple mostrou claramente com o seu primeiro iPhone a direção que os smartphones poderiam (e deveriam) seguir. Alguns compararam o lançamento do primeiro iPhone ao momento em que a empresa californiana lançou o primeiro Mac com interface gráfica de usuário.

O relevante artigo da revista Time de 2007 reflete fielmente a época e a atmosfera, bem como o fato de que o primeiro iPhone de certa forma lembrava uma versão beta do produto. Começa listando tudo o que faltava no primeiro telefone da Apple na época. “Essa coisa é muito difícil de escrever”, ele não pegou os guardanapos da Time. Ele também mencionou, por exemplo, que o novo iPhone é muito lento, muito grande (sic!) e muito caro. Não havia suporte para mensageiros instantâneos, e-mails regulares, e o aparelho estava bloqueado para todas as operadoras, exceto AT&T. Mas no final do artigo, a Time reconhece que o iPhone é, apesar de tudo, a melhor coisa que foi inventada naquele ano.

Mas o artigo da Tim também é interessante por outro motivo - ele conseguiu prever com bastante precisão o futuro dos produtos Apple. Por exemplo, quando o MultiTouch foi mencionado no texto, os editores se perguntaram quanto tempo provavelmente levaria até que o mundo visse o primeiro iMac Touch ou TouchBook. Não adquirimos um Mac com interface sensível ao toque, mas três anos depois chegou o iPad com tela MultiTouch. Certamente não se pode dizer que a Time estava errada com a sua declaração na altura "tocando... a nova visão". Ele também acertou em cheio ao declarar que o iPhone não será apenas um telefone, mas uma plataforma abrangente.

Embora a interface gráfica do usuário do Mac já tenha tomado emprestada a forma de um desktop real, o iPhone se tornou um pequeno computador capaz de fazer chamadas e muito mais. A Time chamou o iPhone de um computador móvel verdadeiramente portátil – o primeiro dispositivo que realmente fez jus ao seu nome.

Assim como o iPhone, os editores da revista Time ficaram entusiasmados com a chegada da App Store, uma novidade completamente inexplorada para os usuários na época - até então, personalizar um telefone significava comprar um toque polifônico, um logotipo no display, ou comprar uma capa. A chegada da App Store e a abertura do iPhone para desenvolvedores terceirizados significou uma verdadeira revolução, e a Time escreveu sobre como a superfície vazia do novo iPhone convida diretamente você a preenchê-la com ícones pequenos, bonitos e úteis.

O iPhone apareceu repetidamente no ranking da revista. Em 2016, quando a Time divulgou uma lista dos cinquenta aparelhos mais influentes, e em 2017, quando o iPhone X se viu entre as melhores invenções. “Tecnicamente falando, os smartphones existem há anos, mas nenhum foi tão acessível e bonito quanto o iPhone”, escreveu a Time em 2016.

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Zdroj: Culto do Mac

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