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Na semana passada, a Apple apresentou um trio de novos iPhones, que trouxe consigo muitas inovações interessantes. Quer seja o carregamento sem fio que todos eles têm novos modelos, ou o display OLED sem moldura, que só conseguiu iPhone X. Todos os novos produtos também possuem um processador mais poderoso. A versão deste ano do novo processador se chama A11 Bionic, e no fim de semana surgiram na web algumas informações interessantes sobre ele, que saem da boca dos próprios funcionários da Apple. Eram Phil Shiller e Johny Srouji (chefe da divisão de desenvolvimento de processadores) conversando com o editor-chefe do Mashable. Portanto, seria uma pena não compartilhar suas palavras.

Um dos maiores pontos de interesse foi a menção de que a Apple começou a desenvolver as primeiras tecnologias básicas sobre as quais o novo chip A11 Bionic foi construído há mais de três anos. Ou seja, na época em que entravam no mercado os iPhone 6 e 6 Plus, que tinham processador A8.

Johny Srouji me disse que quando eles começam a projetar um novo processador, eles sempre tentam olhar pelo menos três anos à frente. Então, basicamente, no momento em que o iPhone 6 com processador A8 foi colocado à venda, os primeiros pensamentos sobre o chip A11 e seu motor neural especial começaram a tomar forma. Naquela época, definitivamente não se falava em inteligência artificial e aprendizado de máquina em telefones celulares. A ideia do Neural Engine pegou e o processador entrou em produção. Portanto a aposta nesta tecnologia valeu a pena, apesar de ter ocorrido há três anos. 

A entrevista também abordou situações em que muitas vezes entra o desenvolvimento de produtos individuais - a descoberta de novas funções e sua implementação no cronograma já definido.

Todo o processo de desenvolvimento é flexível e você pode responder a quaisquer alterações. Caso a equipe apresente um requisito que não fazia parte do projeto original, tentamos implementá-lo. Não podemos dizer a ninguém que faremos a nossa parte primeiro e depois passaremos para a próxima. Não é assim que o desenvolvimento de novos produtos deveria funcionar. 

Phil Shiller também elogiou a certa flexibilidade da equipe de Srouji.

Nos últimos anos, algumas coisas muito críticas tiveram que ser feitas, independentemente do plano que a equipe de Johny estava seguindo na época. Quantas vezes se tratou de interromper vários anos de desenvolvimento. Na final, porém, tudo sempre deu certo e em muitos casos foi uma atuação verdadeiramente sobre-humana. É incrível ver como toda a equipe trabalha. 

O novo processador A11 Bionic possui seis núcleos em uma configuração 2+4. São dois núcleos poderosos e quatro econômicos, sendo os poderosos cerca de 25% mais fortes e até 70% mais econômicos do que no caso do processador A10 Fusion. O novo processador é muito mais eficiente no caso de operações multi-core. Isto se deve principalmente ao novo controlador, que cuida da distribuição de carga entre os núcleos individuais e que opera de acordo com as necessidades atuais das aplicações.

Núcleos poderosos não estão disponíveis apenas para aplicações exigentes, como jogos. Por exemplo, a previsão de texto simples também pode obter poder computacional a partir de um núcleo mais poderoso. Tudo é gerenciado e regulado por um novo controlador integrado.

Se você estiver interessado na arquitetura do novo chip A11 Bionic, pode ler a entrevista completa aqui. Você aprenderá muitas informações essenciais sobre o que o novo processador cuida, como ele é usado para FaceID e realidade aumentada e muito mais.

Zdroj: Mashable

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