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O jornalista e escritor americano Walter Isaacson é conhecido basicamente por todos os grandes fãs da Apple. Este é o homem por trás da biografia mais abrangente e detalhada de Steve Jobs. Durante a semana passada, Isaacson apareceu no canal de televisão americano CNBC, onde comentou a saída de Jony Ive da Apple e também revelou o que Steve Jobs pensava do seu sucessor e atual CEO, Tim Cook.

Isaacson admitiu que foi um tanto tolerante ao escrever algumas partes. Seu objetivo era transmitir aos leitores principalmente informações relevantes, sem reclamações, que por si só não teriam muito valor informativo.

Porém, uma dessas afirmações também foi a opinião de Steve Jobs de que Tim Cook não tem sensibilidade para produtos, ou seja, para desenvolvê-los de tal forma que sejam capazes de iniciar uma revolução em um setor específico, como Jobs fez uma vez. com o Macintosh, iPod, iPhone ou iPad.

“Steve me disse que Tim Cook pode fazer tudo. Mas então ele olhou para mim e admitiu que Tim não é uma pessoa de produtos", Isaacson revelou aos editores da CNBC, continuando: “Às vezes, quando Steve estava com dor e chateado, ele dizia mais coisas do que [Tim] não tinha noção dos produtos. Achei que deveria incluir apenas informações relevantes para o leitor e deixar de fora as reclamações.”

É interessante que Isaacson só faça essa afirmação diretamente da boca de Jobs oito anos após a publicação de seu livro. Por outro lado, ele desistiu enquanto ainda era relevante.

Na sequência da saída de Jony Ive, o The Wall Street Journal descobriu que Tim Cook não está particularmente interessado no desenvolvimento de produtos de hardware e, afinal, esta deverá ser uma das razões pelas quais o designer-chefe da Apple está a sair e a iniciar a sua própria compania. Embora o próprio Cook mais tarde tenha chamado esta afirmação de absurda, a tendência da empresa de se concentrar principalmente nos serviços e de lucrar com eles sugere que o que foi dito acima será, pelo menos parcialmente, baseado na verdade.

Steve Jobs, CEO da Apple, renuncia

fonte: CNBC, WSJ

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