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Ao longo da minha vida, fui constantemente fascinado pelo Japão antigo. Uma época em que havia honra e regras. Uma época em que as batalhas eram decididas pela forma como a pessoa controlava sua arma e não pelo fato de poder apertar um toque ou botão. Uma época de sonho, mesmo que eu a veja de forma um tanto romântica, e certamente não foi fácil vivê-la. Samurai II nos traz de volta a esta época, pelo menos por um tempo.

Quando encontrei Samurai: Way of the Warrior à venda antes do Natal do ano passado e o instalei, parecia um rato entediado. Eu não entendia como alguém poderia comprar algo tão “horrível” que não pudesse ser controlado nem aos poucos. Mas como sou tenaz e gostei do jogo não só graficamente, mas também da história inicial, dei outra chance. Posteriormente, tornou-se um dos meus jogos favoritos do iDevice. O que eu não entendia sobre os controles e considerava algo antiergonômico e incontrolável, tornou-se algo absolutamente brilhante para mim. O jogo foi então controlado por meio de gestos. Tocar na tela fazia Daisuke ir aonde você mandava, e nas batalhas você desenhava gestos na tela que Daisuke usaria para realizar combos táteis. A história era simples, mas fazia você jogar até o fim. Apenas um jogo ao meu gosto. A única coisa que eu reclamaria é que quando eu realmente entrei no jogo, ele acabou.

Quando soube que os jogos Madfinger estavam preparando uma segunda parte, meu coração deu um pulo. Eu estava ansioso pela sequência deste jogo de ação e contando com a data de lançamento. A história continua de onde a anterior parou e Daisuke parte em busca de vingança. Novamente ele luta contra hordas de inimigos, contra um governante tirânico que oprime muitas pessoas inocentes.

Porém, após a instalação recebi um banho frio na forma de controles alterados. Não há mais gestos, mas sim um joystick virtual e 3 botões. Decepcionado, comecei a jogar e demorei um pouco para me acostumar com os novos controles. No entanto, apesar da decepção anterior, devo pedir desculpas aos jogos Madfinger. Os controles são precisos e intuitivos, assim como na parte anterior. No lado esquerdo está um joystick virtual e no lado direito estão 3 botões (X, O, “manobra evasiva”). Enquanto os botões X e O ajudam na criação de combinações táteis, a “manobra evasiva” ajuda a desviar dos ataques inimigos.

O sistema de criação de combinações táteis é absolutamente simples. Basta pressionar a combinação dos botões X e O em uma determinada ordem e Daisuke cuidará disso sozinho. Porém, se ele não for atingido pelo inimigo, nesse caso você precisará apertar a combinação novamente. Acho que os criadores fizeram um ótimo trabalho, pois você não precisa apertar freneticamente os botões para fazer o combo disparar, mas pressionar o combo com relativa calma e Daisuke fará isso. Resumindo, o comando está adaptado ao ecrã táctil e, apesar da primeira impressão, devo dizer que os autores trabalharam muito na sua afinação. Se você tem dedos grandes, não há problema em arrastar os controles na tela como desejar.

Os gráficos permaneceram quase os mesmos. Não posso julgar pelo meu 3GS, mas parece mais suave que o antecessor, o que provavelmente se deve à tela retina (poderei julgar em cerca de uma semana). O jogo é novamente renderizado em gráficos de mangá que são absolutamente impressionantes. Objetos, casas e personagens são renderizados nos mínimos detalhes. As ações individuais durante as lutas também são animadas com precisão, e isso só se você tiver sucesso no chamado “finalizador”, quando corta o inimigo ao meio, corta sua cabeça, etc. Mesmo que você corte um inimigo ao meio com um arco e ele tenha um arco à sua frente, esse arco também será cortado. São detalhes, mas com certeza agradarão. A única coisa que posso reclamar no 3GS é que o jogo às vezes fica lento por um tempo, mas isso aconteceu comigo cerca de 7-3 vezes em todos os 4 capítulos. (Pode ter sido causado pelo upload de Conquistas para o Game Center, que a Apple corrige no iOS 4.2.)

A trilha sonora também é boa. Ao fundo soa música oriental, o que é discreto e completa toda a atmosfera do jogo (inspirada em filmes de samurais). Não sei se eu ouviria se tivesse trilha sonora própria, mas o jogo como um todo é incrível de qualquer maneira. Recomendo também deixar os sons ligados, pois graças a eles você saberá se inimigos com arcos estão te atacando (depois que eles aparecerem, você ouvirá uma espécie de estalo de corda), pois se não forem mortos a tempo, eles pode causar muitas complicações.

A jogabilidade também é excepcionalmente boa. Mencionei os controles acima, mas devo mencionar a jogabilidade como um todo. O jogo segue uma linha reta do começo ao fim, portanto não há perigo de um grande congestionamento. Diz no iTunes que o jogo usa quebra-cabeças “ambientais”. Trata-se principalmente de mudar uma alavanca ou deixar cair um cubo, o que aciona um portão, uma ponte, etc. Existem também muitas armadilhas no jogo, sejam estacas cravadas no chão ou várias lâminas que podem ferir ou matar você e você deve ter cuidado com elas.

Existem também elementos de RPG no jogo que melhoram a impressão geral do jogo. Matar inimigos lhe dá carma, que você usa para comprar melhores combos de toque e energia extra.

Infelizmente, o jogo é novamente muito curto, você pode terminá-lo em cerca de 4-5 horas (7 capítulos), mas isso é ainda mais motivação para jogá-lo novamente. Para mim este jogo é uma compra garantida, pois por 2,39 Euros é quase grátis. Embora seja curto, me diverti mais com ele do que com alguns dos títulos mais longos, e já sei que irei jogá-lo novamente em uma dificuldade mais difícil, ou apenas quando quiser relaxar.

 

[classificação xrr=5/5 rótulo=”Minha avaliação”]

Link da App Store: aqui

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