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A Microsoft revelou sua nova visão para sistemas operacionais em um evento privado para a imprensa na terça-feira. Menos de mil jornalistas tiveram a oportunidade de conhecer algumas das funções do sistema operativo denominado Windows 10, cuja ambição é unir todas as plataformas da Microsoft sob o mesmo teto. Com isso, não haverá mais Windows, Windows RT e Windows Phone, mas um Windows unificado que tentará apagar a diferença entre um computador, um tablet e um telefone. O novo Windows 10 é, portanto, mais ambicioso que a versão anterior do Windows 8, que tentava oferecer uma interface unificada para tablets e computadores comuns. No entanto, esta experiência não obteve uma resposta muito positiva.

Embora o Windows 10 deva ser uma plataforma unificada, ele se comportará de maneira um pouco diferente em cada dispositivo. A Microsoft demonstrou isso no novo recurso Continuum, projetado especialmente para dispositivos Surface. Enquanto no modo tablet oferecerá principalmente uma interface de toque, quando o teclado estiver conectado ele se transformará em um desktop clássico para que os aplicativos abertos permaneçam no mesmo estado em que estavam no modo de toque. Os aplicativos e a Windows Store, que só funcionavam em tela cheia no Windows 8, agora podem ser exibidos em uma janela menor. A Microsoft praticamente se inspira em sites responsivos, onde diferentes tamanhos de tela oferecem uma interface personalizada ligeiramente diferente. Os aplicativos devem se comportar de forma semelhante a um site responsivo – eles devem funcionar praticamente em todos os dispositivos Windows 10, seja um telefone ou um laptop, é claro, com uma UI modificada, mas o núcleo do aplicativo permanecerá o mesmo.

Muitos apreciarão o retorno do menu Iniciar, que a Microsoft removeu do Windows 8 para descontentamento de muitos usuários. O menu também será expandido para incluir blocos dinâmicos do ambiente Metro, que podem ser configurados conforme desejado. Outro recurso interessante é a fixação de janelas. O Windows suportará quatro posições para fixação, assim será possível exibir facilmente quatro aplicativos lado a lado simplesmente arrastando-os para os lados. No entanto, a Microsoft "emprestou" outra das funções interessantes do OS X, a inspiração é óbvia aqui. Copiar recursos entre sistemas concorrentes não é novidade, e a Apple também não está isenta de falhas. Abaixo você pode encontrar cinco dos maiores recursos que a Microsoft mais ou menos copiou do OS X, ou pelo menos nos quais se inspirou.

1. Espaços/Controle de Missão

Por muito tempo, a capacidade de alternar entre desktops foi um recurso específico do OS X, especialmente popular entre usuários avançados. Foi possível exibir apenas determinados aplicativos em cada desktop e assim criar desktops temáticos, por exemplo, para trabalho, entretenimento e redes sociais. Esta função agora chega ao Windows 10 praticamente da mesma forma. É uma maravilha que a Microsoft não tenha inventado esse recurso antes, a ideia de desktops virtuais já existe há algum tempo.

2. Exposição/Controle de Missão

As áreas de trabalho virtuais fazem parte de um recurso chamado Task View, que exibe miniaturas de todos os aplicativos em execução em uma determinada área de trabalho e permite mover aplicativos facilmente entre áreas de trabalho. Isso soa familiar? Não é surpreendente, porque é exatamente assim que você poderia descrever o Mission Control no OS X, que surgiu da função Exposé. Faz parte do sistema operacional Mac há mais de uma década, aparecendo originalmente no OS X Panther. Aqui, a Microsoft não pegou guardanapos e transferiu a função para o seu próximo sistema.

3. Holofote

A pesquisa faz parte do Windows há muito tempo, mas a Microsoft a melhorou significativamente no Windows 10. Além de menus, aplicativos e arquivos, ele também pode pesquisar sites e a Wikipédia. Além do mais, a Microsoft colocou a pesquisa na barra inferior principal, além do menu Iniciar. Há uma inspiração bastante óbvia no Spotlight, a função de busca do OS X, que também está disponível diretamente na barra principal de qualquer tela e também pode pesquisar na Internet além do sistema. No entanto, a Apple o melhorou significativamente no OS X Yosemite, e o campo de pesquisa pode, por exemplo, converter unidades ou exibir resultados da Internet diretamente na janela Spotlight, que não faz mais parte da barra no OS X 10.10, mas sim um aplicação separada ala Alfred.

4. Central de Notificações

A Apple trouxe o recurso da central de notificações para seu sistema operacional de desktop em 2012 com o lançamento do Mountain Lion. Era mais ou menos uma portabilidade da Central de Notificações existente do iOS. Apesar da funcionalidade idêntica, o recurso nunca se tornou muito popular no OS X. No entanto, a capacidade de colocar widgets e notificações interativas pode ajudar a aumentar o uso da Central de Notificações. A Microsoft nunca teve lugar para salvar notificações, afinal, só neste ano trouxe seu equivalente ao Windows Phone. O Windows 10 também deve ter uma central de notificações na versão desktop.

5. AppleSeed

A Microsoft decidiu oferecer aos usuários selecionados acesso antecipado ao sistema operacional por meio de versões beta que serão lançadas ao longo do tempo. Todo o processo de atualização deve ser bem simples, semelhante ao AppleSeed, que está disponível para desenvolvedores. Graças a ele, as versões beta podem ser atualizadas da mesma forma que as versões estáveis.

O Windows 10 só será lançado no próximo ano, indivíduos selecionados, especialmente aqueles que desejam ajudar a melhorar o próximo sistema, poderão experimentá-lo em breve, a Microsoft fornecerá acesso à versão beta como mencionamos acima. Pelas primeiras impressões, parece que Redmond está tentando corrigir os erros que cometeu no Windows 8, sem desistir da ideia que era a filosofia do sistema não muito bem sucedido, ou seja, um sistema sem depender do dispositivo. Uma Microsoft, um Windows.

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