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Era 12 de setembro de 2012 e a Apple apresentou o iPhone 5 e com ele o Lightning, ou seja, um barramento digital que substitui o desatualizado e, acima de tudo, grande conector dock de 30 pinos. 10 anos depois, decidimos se vamos dizer adeus para sempre em favor do USB-C. 

A Apple usou seu conector de 30 pinos em toda a linha de iPods, incluindo iPhones desde a primeira geração até o iPhone 4S, bem como nos primeiros iPads. Na época da miniaturização de tudo, ele era inadequado para suas dimensões, por isso a Apple o substituiu pelo Lightning de 9 pinos, que todos os iPhones e iPads usaram desde então e ainda usam, antes de a empresa mudar para USB-C para tablets. Contém 8 contatos e uma tampa condutora conectada a uma blindada, podendo transmitir não apenas um sinal digital, mas também uma tensão elétrica. Portanto, também pode ser utilizado tanto para conexão de acessórios quanto para alimentação.

Uma revolução bilateral 

Sua vantagem definitiva para o usuário era que ele poderia conectá-lo em ambos os lados e não ter que lidar com qual lado deveria estar para cima e qual deveria estar para baixo. Esta foi uma clara diferença em relação ao miniUSB e microUSB usados ​​pela concorrência Android. O USB-C surgiu um ano depois, no final de 2013. Esse padrão contém 24 pinos, 12 de cada lado. MicroUSB possui apenas 5 deles.

Lightning é baseado no padrão USB 2.0 e é capaz de 480 Mbps. A taxa de transferência básica de dados do USB-C era de 10 Gb/s no momento de sua introdução. Mas o tempo passou e, por exemplo, com o iPad Pro, a Apple diz que já tem um throughput de 40 GB/s para conectar monitores, discos e outros dispositivos (você pode encontrar uma comparação mais próxima aqui). Afinal, a própria Apple foi a responsável pela expansão do USB-C, ao passar a utilizá-lo como padrão em seus MacBooks, a partir de 2015.

A coisa toda então parece uma bolha desnecessariamente inflada e a MFi é a principal culpada. O programa Made-For-iPhone/iPad/iPod foi criado em 2014 e era claramente baseado no uso do Lighning, quando empresas terceirizadas também poderiam utilizá-lo para criar acessórios para iPhones. E a Apple ganha muito dinheiro com isso, então não quer desistir deste programa. Mas agora já temos o MagSafe aqui, então é seguro dizer que ele poderia substituí-lo, e a Apple não teria que sofrer muito com a perda do Lightning.

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