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O verão está a todo vapor e com ele sentimos nossos dispositivos portáteis esquentando. Não é surpreendente, porque os smartphones modernos têm o desempenho dos computadores, mas ao contrário deles, não possuem coolers ou ventiladores para regular a temperatura (ou seja, principalmente). Mas como esses dispositivos dissipam o calor gerado? 

É claro que não precisam ser apenas os meses de verão, onde as temperaturas ambientes desempenham um papel muito importante. Seu iPhone e iPad esquentarão dependendo de como você trabalha com eles a qualquer hora e em qualquer lugar. Às vezes mais e às vezes menos. É um fenômeno completamente normal. Ainda existe uma diferença entre aquecimento e superaquecimento. Mas aqui vamos nos concentrar no primeiro, ou seja, em como os smartphones modernos realmente se resfriam.

Chip e bateria 

Os dois principais componentes de hardware que produzem calor são o chip e a bateria. Mas a maioria dos telefones modernos já possui estruturas de metal que servem simplesmente para dissipar o calor indesejado. O metal conduz bem o calor, dissipando-o dos componentes internos diretamente através da estrutura do telefone. É também por isso que pode parecer que o dispositivo esquenta mais do que você esperaria.

A Apple busca a máxima eficiência energética. Ele usa chips ARM baseados na arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Processing), que normalmente requer menos transistores do que os processadores x86. Como resultado, também necessitam de menos energia e produzem menos calor. O chip que a Apple usa é abreviado como SoC. Este sistema em um chip tem a vantagem de mesclar todos os componentes de hardware, o que torna as distâncias entre eles curtas, o que reduz a geração de calor. Quanto menor o processo nm em que são produzidos, menores são essas distâncias. 

O mesmo acontece com o iPad Pro e o MacBook Air com chip M1, que é fabricado no processo de 5 nm. Este chip e todo o Apple Silicon consomem menos energia e produzem menos calor. É também por isso que o MacBook Air não precisa ter resfriamento ativo, pois as aberturas de ventilação e o chassi são suficientes para resfriá-lo. Originalmente, porém, a Apple experimentou-o com o MacBook de 12" em 2015. Embora contivesse um processador Intel, não era muito potente, o que é justamente a diferença no caso do chip M1.

Refrigeração líquida em smartphones 

Mas a situação dos smartphones com Android é um pouco diferente. Quando a Apple adapta tudo às suas próprias necessidades, os outros têm de confiar em soluções de terceiros. Afinal, o Android também foi escrito de forma diferente do iOS, e é por isso que os dispositivos Android normalmente precisam de mais RAM para funcionar de maneira ideal. Recentemente, porém, também vimos smartphones que não dependem de refrigeração passiva convencional e incluem refrigeração líquida.

Dispositivos com esta tecnologia vêm com um tubo integrado que contém o líquido de resfriamento. Absorve assim o calor excessivo gerado pelo chip e transforma o líquido presente no tubo em vapor. A condensação desse líquido ajuda a dissipar o calor e, claro, diminui a temperatura dentro do telefone. Esses fluidos incluem água, água deionizada, soluções à base de glicol ou hidrofluorocarbonetos. É justamente pela presença do vapor que leva o nome de Câmara de Vapor ou resfriamento de “câmara de vapor”.

As duas primeiras empresas a utilizar esta solução foram Nokia e Samsung. Em sua própria versão, a Xiaomi também o apresentou, que o chama de Loop LiquidCool. A empresa lançou-o em 2021 e afirma que é obviamente mais eficaz do que qualquer outra coisa. Esta tecnologia utiliza então o “efeito capilar” para levar o refrigerante líquido até a fonte de calor. No entanto, é improvável que vejamos resfriamento em iPhones com algum desses modelos. Eles ainda estão entre os aparelhos com menor quantidade de processos de aquecimento interno. 

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