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Já faz muito tempo que uma palestra da Apple não estava envolta em tanto mistério. Hoje às 19h nosso horário, a empresa californiana vai revelar seus ases, que o CEO Tim Cook esconde com sucesso na manga. No entanto, os dados coletados nas últimas conferências da Apple podem pelo menos nos dar uma ideia de como será o show espetacular no Flint Center.

Dan Frommer de quartzo ele examinou cuidadosamente as últimas palestras e compilou os dados coletados em infográficos nos quais podemos ler quem apresentará os novos produtos e quando podemos esperá-los. A apresentação de novos dispositivos já é crucial para a Apple e para a sua estratégia global. Sob Steve Jobs, muitas vezes era um show individual, mas mesmo sob a liderança de Tim Cook, o público nos cinemas não fica entediado. Os dados coletados por Dan Frommer vêm de mais de uma dúzia de apresentações.

Desde 2007 de janeiro de 27, quando Steve Jobs apresentou o primeiro iPhone, ocorreram trinta eventos, 88 dos quais a Apple arquiva em um podcast especial na iTunes Store. Em média, estes eventos têm a duração de XNUMX minutos e a forma básica é sempre a mesma: uma apresentação minimalista, os principais homens da empresa em palco, a apresentação de novos produtos e um vídeo de apresentação dos mesmos ou da sua produção.

O mais ocupado

Quando a Apple era liderada por Steve Jobs, o rumo da palestra era praticamente claro. O cofundador da empresa literalmente deleitou-se com as palestras, e sua capacidade de vender qualquer produto sem a menor hesitação foi capaz de conquistar até o cliente mais hesitante mais de uma vez.

Durante sua palestra provavelmente mais memorável, a já citada de 2007, ele passou mais de uma hora e meia no palco. Naquela época, ele não deixava praticamente ninguém ficar na frente da tela. Com o passar do tempo, Jobs começou a dedicar mais tempo aos colegas, o chefe de marketing Phil Schiller atraiu a atenção de telespectadores ávidos, e Scott Forstall, um grande favorito de Jobs, que, no entanto, teve que renunciar após a chegada de Tim Cook da Apple. , frequentemente aparecia.

Sua saúde também desempenhou um papel importante no desempenho de Steve Jobs. Foi Phil Schiller quem interveio durante a ausência do chefe, e o tempo de Jobs no palco diminuiu, se é que ele conseguiu aparecer diante de um público nos últimos anos de sua vida.

Seu sucessor, Tim Cook, escolhido por Jobs, vem de um barril diferente. Um introvertido quieto que não lida tão bem com os holofotes. É por isso que o atual chefe da Apple opta por uma abordagem diferente – nas palestras, ele se transforma no papel de uma espécie de apresentador de conferência que acompanha todo o programa, mas deixa os anúncios importantes para seus colegas. As notícias de hardware geralmente são apresentadas por Phil Schiller, e recentemente Craig Federighi tem estado particularmente brilhante. Na WWDC deste ano, ao demonstrar o OS X Yosemite e o iOS 8, ele exibiu confiança e humor.

Embora a palestra de hoje não deva ser principalmente sobre software, podemos esperar a presença de Craig Federighi desta vez também. A Apple estaria contra si mesma se deixasse um apresentador tão excelente sentar-se na primeira fila.

Já Tim Cook costuma passar menos de 20 minutos no palco. Na introdução, ele sempre lembra dos sucessos da Apple, faz piadas e zomba da concorrência, depois durante a palestra garante a continuidade da “transmissão” mais várias vezes com um breve discurso, e no final afirma que “o que você acabei de ver, só a Apple pode fazer."

O mais engraçado

Embora seja um evento sério, principalmente jornalístico ou de desenvolvedores, onde a Apple apresenta suas novidades, seria uma ou duas horas chatas sem piadas ocasionais. O já citado Craig Federighi perfilou-se não apenas como um excelente e carismático orador, mas ao mesmo tempo como um grande brincalhão.

Durante a última apresentação, que aconteceu na conferência de desenvolvedores em junho e durou 117 longos minutos, mais de 5000 participantes caíram na gargalhada mais de cinquenta vezes, e a Apple recebeu aplausos por seus truques quase cem vezes. É importante ressaltar que as risadas nem sempre são apenas por criticar a concorrência, mas os executivos da Apple sabem como tirar sarro de si mesmos e de seus colegas.

Isso foi demonstrado várias vezes durante a WWDC 2014 por Craig Federighi, durante cujos 75 minutos no palco Tim Cook mais tarde o chamou de Superman. Ao mesmo tempo, o chefe do software rendeu o dobro de risadas (neste caso positivas) do que Tim Cook e Phil Schiller nos últimos seis eventos.

Hora da revelação

Claro que a Apple nem sempre vai direto ao ponto, vamos entender as novidades mais fundamentais. Como já mencionado, Tim Cook tradicionalmente inicia a palestra com a habitual recapitulação e lembrete das últimas conquistas da empresa, e há uma espera de dezenas de minutos pelo novo iPhone ou iPad. O público esperou mais pelo iPhone 3GS, que Phil Schiller apresentou somente após longos 102 minutos. Pelo contrário, a Apple rapidamente passou ao assunto de dois anos atrás, quando Schiller subiu ao palco em menos de um quarto de hora.

É claro que a partir desses dados não podemos dizer quando veremos o iPhone 6 esta noite ou quando a Apple deverá apresentar o tão aguardado dispositivo vestível, mas podemos pelo menos traçar a tendência que a Apple vem obtendo com as notícias mais esperadas mais e com mais frequência. Em média, ele apresentou um novo iPhone 45 minutos após o início da palestra, mas nos últimos três anos sempre foi mais cedo.

Além disso, o novo iPhone não é a única coisa que aguarda agora. É muito provável que a Apple lance dois novos telefones, e provavelmente ainda mais atenção deveria ser dada a um produto vestível como o iWatch. E se as especulações sobre o sistema de pagamento móvel também se concretizarem, a Apple certamente dedicará um tempo considerável a ele para familiarizar detalhadamente os clientes com seu novo serviço. Portanto, podemos esperar com segurança outra longa palestra de duas horas, mas desta vez com o mínimo de “parte de preenchimento de Tim Cook” e foco máximo em novos produtos apresentados por Phil Schiller e Craig Federighi.

Mas, novamente, temos que lembrar que se alguém sabe surpreender completamente e sair da caixa, é a Apple. Portanto, os dados recolhidos nos últimos anos podem não significar nada. Alguns até falam que Bob Mansfield, o ex-chefe de hardware da Apple que passou diretamente sob a diretriz de Tim Cook há dois anos para trabalhar em projetos futuros, poderia aparecer no palco no lançamento do iWatch na forma de um retorno espetacular.

Zdroj: QZ
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