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A CES deste ano em Las Vegas, Nevada, trouxe muitas novidades, mas mostrou ao mundo que a realidade virtual está aos poucos entrando na pele das pessoas comuns, que antes não registravam esse elemento-chave para aprofundar experiências visuais. Junto com desenvolvedores de jogos e empresas de hardware, essa tecnologia pode deixar uma marca notável.

Portanto, é um tanto surpreendente que uma das maiores empresas, tradicionalmente criadoras de tendências, esteja negligenciando o mercado de realidade virtual. Estamos falando da Apple, que por enquanto no campo da realidade virtual dá apenas pequenos indícios de que tem algo planejado...

“A realidade virtual é algo como o sucessor dos jogos para PC”, revelou o cofundador do mundialmente famoso fabricante de laptops para jogos Alienware, Frank Azor, em comunicado conjunto com Palmer Luckey, fundador da Oculus, um dos jogadores mais importantes do mundo. o campo da VR até agora.

Ambos os senhores têm as suas razões para tal afirmação, certamente apoiadas pela prática. Segundo Azor, os jogos conectados à realidade virtual representam o mesmo impulso de vendas que os jogos para PC apresentavam há vinte anos. “Tudo o que criarmos será desenvolvido tendo em mente a realidade virtual”, revelou Azor, que, além da Alienware, também lidera a divisão XPS da Dell.

A revolução dos jogos que ocorreu em meados dos anos noventa do século passado contornou completamente a empresa atualmente mais valiosa do mundo - a Apple. Desde então, a empresa tem vindo a desenvolver e a construir gradualmente o seu nome de prestígio, entre outras coisas, também na área da indústria do jogo e especificamente na plataforma iOS, que vive períodos de sucesso na área do jogo. Apesar disso, no entanto, não está na mesma página dos desenvolvedores que deram ao mundo jogos lendários, cult e famosos tanto para PC quanto para consoles de jogos. Acima de tudo, honestamente, o Mac simplesmente não é suficiente para jogadores apaixonados, especialmente pelo motivo mencionado acima, nomeadamente o “adormecer” do boom dos jogos.

Agora paira no ar a questão de quanto tempo levará para a Apple incluir produtos com suporte à realidade virtual em seu portfólio. Quer se trate de uma experiência de jogo ou de uma variedade de viagens e simulações criativas, a realidade virtual é provavelmente o próximo passo no mundo da tecnologia, e não seria bom para a Apple adormecer como aconteceu na indústria de jogos.

Não há dúvidas sobre a liderança significativa do Oculus californiano, que se tornou famoso nesta indústria principalmente graças à estelar equipe de desenvolvimento liderada pelo já mencionado Palmer Luckey e ao programador John Carmack, que ajudou o lendário jogo 3D Doom de 1993 à fama. . Seu fone de ouvido Rift se torna um grande guia quando se trata de discutir realidade virtual. Porém, outros nomes também tentam se afirmar nessa luta.

O Google está entrando no mercado com seu ecossistema Jump, que visa ajudar os cineastas em particular e permite gravar vídeos online em 360 graus. A Microsoft está lentamente começando a distribuir kits de desenvolvedores para o esperado o fone de ouvido HoloLens. Valve e HTC estão investindo na produção do HTC Vive, que deverá ser um concorrente direto do Oculus Rift. Por último, mas não menos importante, a Sony também está a avançar com a sua divisão PlayStation, o que significa que esta gigante japonesa se concentrará numa experiência de jogo verdadeiramente brilhante. Afinal, até a Nokia está avançando no campo da realidade virtual. E assim a Apple está logicamente ausente desta lista.

Cada uma dessas empresas terá que trabalhar duro para tornar seu produto o melhor possível. Não são necessários apenas desenvolvedores terceirizados, mas também uma combinação de hardware e software de qualidade.

Como é típico da Apple, ela sempre entrou no mercado apenas com produtos “maduros”, sofisticados e polidos. Não lhe importava ser o primeiro, mas sobretudo fazer para corretamente. No ano passado, porém, ele mostrou com mais de um produto que esse mantra de longa data não se aplica mais tanto. Tudo pode ter sido brilhante na superfície, mas especialmente no que diz respeito ao software, não foi isento de problemas e bugs que precisam ser corrigidos em 2016.

Por isso, muitos especulam se a Apple deveria apresentar sua própria ideia de VR o mais rápido possível, mesmo que ainda não tenha o produto totalmente pronto. Por exemplo, a Microsoft fez o mesmo com o HoloLens. Ele mostrou sua visão há um ano, enquanto continuava a desenvolvê-la, e somente este ano podemos esperar o primeiro uso sério e no mundo real, à medida que os fones de ouvido chegam aos desenvolvedores.

Esse tipo de coisa geralmente não faz o estilo da Apple, mas os especialistas acreditam que quanto mais tarde ela entrar no mundo da realidade virtual, piores serão as coisas para ela. Como mencionado acima, os maiores players estão lutando pela sua participação no mercado de realidade virtual, e será crucial qual plataforma ofereça as condições mais atrativas e interessantes para os desenvolvedores. Até que a Apple apresente sua plataforma, ela não interessa à comunidade de desenvolvedores.

Há outro cenário, porém, que é o de que a Apple não participaria de forma alguma da realidade virtual e, como várias tecnologias e tendências anteriores, a ignoraria completamente, mas dado o quão fundamental e grande se espera que a indústria de VR seja (de acordo com a empresa Tractica espera-se que venda 2020 milhões de headsets VR até 200), não é tão provável. Afinal, também a aquisição de empresas Mudança de rosto ou Metaio sugerem que a Apple está se interessando pela realidade virtual, embora essas aquisições sejam aparentemente o único indicador até agora.

A realidade virtual está longe de ser apenas uma questão de jogos. A Apple pode estar interessada, por exemplo, em simulações do mundo real, sejam viagens ou outros usos práticos. No final, pode ser uma vantagem que seus engenheiros possam estudar produtos concorrentes por um longo tempo, porque se não fizerem isso por muito tempo, a Apple pode finalmente apresentar seu produto VR sofisticado, que irá fundamentalmente fale com o jogo.

2016 é sem dúvida o ano em que a fruição da realidade virtual poderá ser levada a um nível completamente diferente. Empresas como Oculus, Google, Microsoft, HTC, Valve e Sony estão impulsionando a tecnologia. Ainda não se sabe se a Apple também explorará esse canto, mas se quiser se manter no nível tecnológico, provavelmente não deve perder a VR.

Zdroj: The Verge
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