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O sistema operacional móvel iOS está em desenvolvimento há muitos anos, quando o iPadOS, que usa a tela maior dos tablets da Apple, veio diretamente dele. No entanto, depois de todos esses anos que o iOS está conosco, ele ainda sofre de uma grande falha no que diz respeito aos aplicativos da Apple e à forma como a empresa os aborda. 

A Apple anunciou recentemente o novo serviço Apple Music Classical, que aponta para esta doença do iOS e para a ilogicidade da Apple. Já esperávamos há algum tempo pelo Classical, já que a Apple comprou o Primephonic em 2021, e a chegada de um aplicativo independente de streaming de música clássica era esperada na primavera passada. Finalmente chegou com um ano de atraso e como um aplicativo independente, o que é importante observar.

Aplicativo independente 

Apple Music Classical é o novo aplicativo da Apple, mas é baseado no aplicativo Music. Sua interface foi otimizada para o conteúdo presente, portanto alguns elementos como tipografia, pesquisa e descrições foram alterados. O núcleo é o mesmo do aplicativo Music, que abriga o Apple Music. Afinal, você não poderá usar o Classical sem uma assinatura do Apple Music.

Mas embora o Music venha pré-instalado em todos os iPhone e iPad porque faz parte do sistema, Classical é um título totalmente independente que você pode instalar da App Store somente quando quiser. Ele também receberá atualizações aqui, então se a Apple lançar algo novo, você não precisará atualizar todo o sistema. 

É isso que traz grandes vantagens, a primeira delas é que você não terá que baixar e instalar toda a atualização do iOS, mas apenas o aplicativo, que tem cerca de 16 MB. A Apple pode responder a qualquer coisa imediatamente e não modificar e atualizar a versão iOS/iPadOS para isso. Como o aplicativo já estará disponível no iOS 15.4, ele também estará disponível para mais usuários que não estarão vinculados ao iOS mais recente, que não receberão mais em seus iPhones mais antigos (iPhone 7, 6S, etc.).

A App Store é o caminho a percorrer 

Os aplicativos geralmente precisam de atualizações mais frequentes do que o sistema, mesmo que seja apenas para corrigir bugs e adicionar alguns recursos. Ao mesmo tempo, isso não contradiz o fato de que a empresa não deveria ter nada de novo para apresentar dentro do novo sistema. Todos os anos na WWDC, ele pode mostrar o que seus aplicativos receberão, quando novas versões serão lançadas junto com o sistema, mas outras atualizações parciais já serão distribuídas separadamente fora da atualização do sistema. Não se trata apenas de música, mas também de Safari, que simplesmente não consegue acompanhar a concorrência na forma como melhora gradualmente (assim como os problemáticos Podcasts). É o navegador da Apple que costuma esperar um ano inteiro antes de trazer algumas das novidades desejadas.

O paradoxo é que ao excluir um aplicativo da Apple, você o instala novamente pela App Store, mesmo que esteja vinculado a atualizações do sistema. A empresa poderia reconsiderar esta estratégia, pois ajudaria claramente a melhorar a experiência do usuário, quando mesmo um pequeno erro de aplicativo exige a atualização de todo o sistema. Afinal, o Apple Music também está disponível no Android, onde também é possível atualizá-lo totalmente a partir do Google Play.

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